Essa não é a sua vida.

14 de setembro de 2005

despretencioso

Podia ter ficado a noite toda andando pelo meio fio da calçada. Mas a chuva era forte. Correu por alguns metros até chegar ao chuveiro quente. E de novo era água. Fechou os olhos. Pensou no nada. Queria estar no nada (se ele fosse quentinho e confortável). E seu nada era bonito e infinito, como poucas coisas sabem ser. Enrolou-se na toalha e limpou o espelho embaçado. Sorriu um sorriso diferente daquele que dava ordinariamente. E como era noite dormiu, com o peso leve de quem saiu da chuva.

Um comentário:

Anônimo disse...

meio eu.