Tudo bem?

Só pessoas apaixonadas interessam-se pelo cotidiano das outras. Que graça há no dia de alguém?
Lembro de um casal conhecido conversando. Ele insistia "Vai, me conta! Que mais você fez?". E ela detalhava com carinho.
Tenho uma amiga que ao levantar da pergunta "Como foi seu dia?" cora o rosto e fala com emoção daquilo que é só cotidiano.
Carente.
Não gosto de falar do meu dia. Talvez não com perguntas tão diretas.
E ainda assim sou carente. Mas minha carência é mais amarga e menos sutil. Fala da essência e passionalidade de quem fragmenta o que é real e o que é emoção.
Apesar da impaciência, tenho ternura pelo objetivismo dos "Como foi seu dia?".
Vêm sempre de pessoas que amam.