Pode ser a esquizofrenia que a bula dizia que viria. Eu não prestaria atenção na música se o senhor na minha frente no trólebus não tivesse repetido o refrão “Love hurts”*. E se eu não tivesse com os olhos molhados.
O pranto já é diferente. Tem um tom amargo de humanidade. Um toque daquela dor crônica aqui dentro de mim que você acentua passando assim. Andei pensando que é crônica porque tanta coisa teria que mudar pra ela passar. Até aquelas coisas que nem existem. Porque mesmo naqueles momentos felizes que as pessoas e as situações te fazem, ela volta. Ela fica falando que tá errado, que quer mais.
Essa dor é a dor de ser humano. Que eu levo comigo pra sempre. Invejando aquelas pessoas que encontraram uma razão, a menor que seja. Nem que a razão seja o socialismo, o capitalismo, o esposo, o filho, a revolução, o conservadorismo, a fé. Tem um amigo que me disse que a razão da vida era a vida. Mas eu não entendo.
Porque tem gente que acha que é, mas não é humano não. Você passando assim eu lembro que foi sempre você, desde o primeiro dia. E eu vou estar sempre aí dentro porque dói. Dói em mim também. Nós dois somos humanos. Eu que te sei desde o primeiro dia...
Carrego o problema da dor crônica de médico em médico. A solução é sempre um momento. Porque eu que não tenho razão, vivo assim só de paixão. E sem saber fazer poema. Quem fazia poema era a Janis:
- Cry baby, cry baby, cry baby,
Honey, welcome back home.
I know she told you,
Honey I know she told you that she loved you
Much more than I did,
But all I know is that she left you,
And you swear that you just don't know why,
But you know, honey I'll always,
I'll always be around if you ever want me
Come on and cry, cry baby, cry baby, cry baby,
Oh honey, welcome back home.
Don't you know, honey,
Ain't nobody ever gonna love you
The way I try to do ?
Who'll take all your pain,
Honey, your heartache, too ?
And if you need me, you know
That I'll always be around if you ever want me
Come on and cry, cry baby, cry baby, cry baby,
Oh daddy, like you always saying to do.
And when you walk around the world, babe,
You said you'd try to look for the end of the road,
You might find out later that the road'll end in
Detroit,
Honey, the road'll even end in Kathmandu.
You can go all around the world
Trying to find something to do with your life, baby,
When you only gotta do one thing well,
You only gotta do one thing well to make it in this
world, babe.
You got a woman waiting for you there,
All you ever gotta do is be a good man one time to one
woman
And that'll be the end of the road, babe,
I know you got more tears to share, babe,
So come on, come on, come on, come on, come on,
And cry, cry baby, cry baby, cry baby.
And if you ever feel a little lonely, dear,
I want you to come on, come on to your mama now,
And if you ever want a little love of a woman
Come on and baby baby baby babe babe baby now
Cry baby yeah.
*Love hurts – música brega e antiga do Gram Parsons que toca tipo no love songs. Mas até que é boa.
• Post Póstumo nº 3
-
Oi... :D
Quero falar com o meu irmão. Kit, você tá aí?
Ô meu querido, meu queridão. Eu amo tanto você, sabia? Acho que sabe, mesmo
comigo dizendo tão pouc...
8 comentários:
1) Calma alma minha, calminha.
2) Teu amigo tem toda razão. Desafio outro amigo seu a dizer algo mais sábio e verdadeiro.
3) Sou mais Love Hurts com o Nazareth, que é rock desandado.
4) =(.
love hurts é tão definitivo que nem tem mais o que comentar.
:ó)
Por isso dizem que qd a paixão entra pela porta, a razão salta a janela!
Sobre o item 3 do comentário da senhorita Isis: por alguns segundos hoje pela tarde, pensei ter cometido uma gafe musical. A versão que ouvi é mesmo aquela carregada do Nazareth, mas a original é desses tiozinhos aí.
(razão ou sentido pra vida?)
prenda-se nos valores, na moral, na ética, que vc esquece essa história de paixão... pra que paixão? rs rs...
de grão em grão o blogueiro esse o coment. Pinga e pinga, caí cai. Tô esperando autualização.
[]´s
See Here please!
A vida nesse planeta passou 3 bilhões de anos sem precisar de "sentido" e com certeza você também pode. Afinal, se reparar bem, as coisas que te motivam a viver são justamente aquelas que aparecem enquanto voce não pensa (a menos que filosofe enquanto beija) :D
Postar um comentário