Se "Tecnicamente Doce" realmente tivesse sido gravado por Michelangelo Antonioni, seria um de meus prediletos. Mas assim como uma porrada de coisas na vida, ele não aconteceu e não teve a chance de o ser. Domingo passado, achei um pedaço da obra, quando ainda era um desconhecido, no caderno Mais!, da Folha de S. Paulo. Jogo aqui pra ver se mais alguém tropeça.
Jovem Mulher: Não estou me sentindo bem. Acho que é excesso de felicidade.
Ela continua a tirar a roupa enquanto T a observa. Ela o faz de forma desenvolta: poucos gestos, rápidos, e está nua. Ela se joga na cama. Poucos instantes depois, T a acompanha, também nu.
T: Deveria ser tão simples ir para a cama juntos, e no entanto eu não consigo deixar de me maravilhar com isso.
Um silêncio.
T: Acho que estou envelhecendo.
Jovem Mulher: Então, vou embora.
T a segura pelos braços.
T: Tinha que acontecer logo comigo, encontrar alguém como você.
Jovem Mulher: Bem, pelo menos você terá salvado alguém em vida.
T fica subtamente sério.
T: Não gosto do que você acabou de dizer.
A jovem mulher sorri. Eles se olham longamente.
Jovem Mulher: E esse silêncio, o que quer dizer?
T: Nada. O silêncio é só o silêncio.
Jovem Mulher: Hum... nós somos bem complicados.
T mexe nos cabelos da jovem mulher, levando-a a ficar de perfil. Ela também se move para olhá-lo melhor. Agora ela se deita de costas, com as pernas ligeiramente abertas. T aponta para os dois corpos na cama.
T: E nós, ao contrário, é tão simples.
Colocando as mãos sobre o seu sexo, ela abre ainda mais as pernas.
Jovem Mulher: Entra.
• Post Póstumo nº 3
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Oi... :D
Quero falar com o meu irmão. Kit, você tá aí?
Ô meu querido, meu queridão. Eu amo tanto você, sabia? Acho que sabe, mesmo
comigo dizendo tão pouc...
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