Toda a dedicação que me é inerente agora é arma de destruição. Da minha destruição. Porque é só moeda de troca.
Tinha aquela professora que me dizia que eu seria o que quisesse porque era dedicada. E aquele cara dizendo que eu tinha o dom da boa vontade (dom!).
Não!! Não quero!!
Me dêem um pouco do que é gratuito. Me dêem algo que eu não precise pagar com um pedaço da minha vida.
Oscar Wilde dizia que só há poesia para aqueles de vida não poética, não colorida.
E eu sou só uma burguesa que saiu errada. Escola cara e trabalho duro.
Deram-me consciência e eu pulei no poço de Fernando Pessoa.
Quero gritar e dizer que não gosto!
Sou apática e cada dia mais irreal!
Aqui estou em pêlos. Não sei porque quero estar em pêlos. Mas aqui jaz...E grito de novo: não gosto!
Perdi a utilidade no mundo. Antes ainda podia ser um pontinho da boa vontade e da esperança imunda que cobre o mundo.
Estar em carne viva ajuda a sentir o cheiro da carne morta.
Vago por aí. Sorrio. Faço uma piada.
Trabalho, escrevo e durmo.
Talvez tenha sido a Clarice. Talvez os hormônios em desequilíbrio. Ou só as coisas que não dão certo.
Desculpe mundo, não posso mais te salvar.
Devo estar doente. E por mais que pareça ,não é um estado depressivo.
Sou eu sangrando azul para verificar a respiração.
• Post Póstumo nº 3
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Oi... :D
Quero falar com o meu irmão. Kit, você tá aí?
Ô meu querido, meu queridão. Eu amo tanto você, sabia? Acho que sabe, mesmo
comigo dizendo tão pouc...
3 comentários:
Mas aqui jazz...
Puta merda, Helder, que mania!
E Vanessa, quem disse que burguês não trabalha duro? Tem que declarar imposto de renda, levar os filhos pra escola, cuidar da úlcera, um monte de coisa.
Gostei desse post.
Ok, o anonymous sou eu
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