3x4

Essa não é a sua vida.

22 de maio de 2009

Novidades

Não me curei do bruxismo
Não emagreci
Não mudei de emprego
Não cortei o cabelo
Viajei
Tomei Pisco Sour
Tirei 962 fotos
Voltei pro francês
E mesmo assim você não me sabe
:P

8 de fevereiro de 2009

vivendo

O tempo passa e eu me pergunto: quantas vidas eu já vivi? É assim que faz livro? Música? Poesia?
A gente vive por capítulo. Às vezes troca até de personagem. E ninguém me prometeu nada diferente. Nem que eu encontraria os sentimentos em pacotinhos, todos rotulados. Nem que as pessoas parariam o trânsito próprio da vida só porque eu resolvi parar. Nem que as minhas verdades estariam nos dicionários.
Mas eu não esqueço: a vida é a arte do encontro, embora tanto desencontro pela vida.

23 de janeiro de 2009

...

Dizem que anoitece e amanhece com uma velocidade tão grande que parece até normal, que é todo dia. Fica aquela poesia acumulada no corpo, correndo de lá pra cá. É frio lá fora. E os versos preferem se perder todos aqui dentro. Os olhos seguem melancólicos, seguem abertos, assustados. Dança outra vez em silêncio, com as músicas ocultas só dela. Há sempre uma manhã fria pra quem acorda todos os dias.

14 de janeiro de 2009

A bruxa em mim

Na Idade Média, ranger dentes a noite era conhecido como Bruxismo. Os supertiosos acreditavam que o inquieto dorminhoco estava possuído por um espírito ruim. Curar aquele mal era fácil: antes de durmir, fazia-se um furo na cabeça do possuído pro malespírito sair. Centenas de anos depois, as pessoas continuam possuídas por essas coisas ruins, que hoje os médicos chamam de tensões do dia a dia. E me respondem sempre que não há tratamento. Eu que descubra sozinha o que me atormenta durante o dia e que desconto nos dentes. Enquanto isso sigo com os dentes gastos e sem encontrar exorcistas valentes o suficiente.

4 de janeiro de 2009

Estúpida

Eu tremeria. De coração disparado. Como toda vez que aparece uma pegada. É o suficiente que se possa ser dito.

27 de dezembro de 2008

Meu universo em desencanto

Eles fazem parte da minha solidão. Porque ler tem sido o exercício de solidão mais saboroso dos últimos meses. De um ano que eu fiquei aqui dentro, com as minhas histórias, personagens, ressentimentos e aprendendo a crescer sozinha nesse quarto forrado de sangue.

Foram tantos livros que até eu me surpreendi. E vão todos aqui dentro, me lendo. Pensei que não haveria melhor forma de retrospectiva de 2008 que lembrar as páginas lidas, viradas.

Alguns se foram, esvaziando gavetas e quebrando vidros, outros chegaram, limpando o pé na entrada e sentando na sala de estar. Obrigada aos amigos, que correram pela cozinha, limparam o banheiro e deitaram na cama. Bendita seja a literatura, que me reuniu no amor do mundo.

Eu li e recomendo:

A mulher desiludida – Simone De Beauvoir

A insustentável leveza do ser – Milan Kundera

O Evangelho Segundo Jesus Cristo – José Saramago

Memorial de Maria Moura – Raquel de Queirós

Vestido de noiva – Nelson Rodrigues

Antígona – Sófocles

Irmãos Karamazov – Fiódor Dostoievski

Conto do Amor – Contardo Calligaris

De corpo inteiro – Clarice Lispector

Vale Tudo, o som e a fúria de Tim Maia – Nelson Motta

Um certo capitão Rodrigo – Érico Veríssimo

Memórias de minhas putas tristes – Gabriel Garcia Marquez

Infância – Graciliano Ramos

Contos e crônicas – Machado de Assis

A viagem do elefante – José Saramago (acho que termino até dia 31)

"Quem não ama a solidão não conhece a liberdade"

E que em 2009 dê tudo certo, na medida do possível. Até lá.

23 de dezembro de 2008

Eu quero!!!!!!!

Cara, esse é o melhor blog do ano! Vou obrigar minha mãe a aprender fazer isso também!